Traficante Nem da Rocinha temia ser morto por policiais suspeitos.

A prova de que o traficante mesmo sendo o mais rico a casa dele também vai cair um dia.

Desde a semana passada a possível fuga dos traficantes e nesta quarta-feira a polícia recebeu a informação de que os bandidos poderiam fugir.

Preso na última quarta-feira (9), o chefe do tráfico na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, tinha receio de ser morto por policiais supostamente pagos por ele.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareceu nesta sexta-feira (11) o episódio envolvendo um delegado e policiais civis que, no dia da prisão do chefe do tráfico da favela da Rocinha, tentaram levar o Toyota onde estava o criminoso para a 15ª DP (Gávea, na zona sul).É uma vergonha saber que a própria policia é quem escolta traficante poderoso no Brasil. PF prende PMs e policiais civis suspeitos de ajudar traficantes a fugir da Rocinha. Agentes davam proteção aos bandidos conhecidos como Coelho e Lindinho. Armas e granadas foram apreendidas.

A Polícia Federal prendeu na tarde desta quarta-feira (9) os policiais civis e militares suspeitos de escoltar os traficantes que fugiam da favela da Rocinha, na zona sul do Rio. As prisões ocorreram na Gávea, na mesma região. Colunista do iG registou momento da prisão. No total, dez pessoas foram presas, entre eles três policiais civis, um PM aposentado e um policial federal.

A ação contou com o apoio da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, da Subsecretaria de Inteligência e da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário.

Os traficantes Anderson da Rosa Mendonça, o Coelho, e Sandro Luís de Paula Amorim, conhecido como Lindinho, Peixe ou Foca, que são chefes do morro de São Carlos, no Estácio, na zona central foram presos.

Os outros presos são: Paulo Roberto Lima da Luz, conhecido como “Paulinho”; Varquir Garcia dos Santos, conhecido como “Carré”; Sandro Oliveira; Carlos Daniel Ferreira Dias, policial civil lotado na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública; Carlos Renato Rodrigues Tenório, policial civil lotado na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas; Wagner de Souza Neves, policial civil lotado na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas; José Faustino Silva, policial militar aposentado e Flávio Melo dos Santos, ex-policial militar.

Com o bando foram apreendidos três fuzis, um deles prateado e dourado, cinco granadas, 11 pistolas e uma bomba de gás lacrimogêneo, uma quantidade ainda não contabilizada de dinheiro (incluindo euros), joias, celulares, computadores, distintivos das polícias Civil e Federal, além de uma tornozoleira eletrônica usada pela Secretaria de Administração Penitenciária para monitorar presos em regime semiaberto.